Disposofobia, também conhecida como acumulação, é o termo utilizado para definir a condição patológica que se caracteriza por compulsiva aquisição e acumulação de objetos, mesmo que os itens não tenham utilidade, sejam insalubres ou perigosos. Este transtorno mental resulta em impedimentos e danos consideráveis para as atividades cotidianas, como mover-se dentro da casa, cozinhar, limpar, dormir, utilizar o banheiro, dentre outros.

A prevalência desta condição é de 2-5% nos adultos, sendo mais frequente em adultos mais velhos de ambos os sexos. Alguns fatores estão associados à disposofobia englobam o alcoolismo, traços paranoicos, esquizofrenia e transtorno obssessivo-compulsivo.

SINTOMAS


As manifestações clínicas apresentadas por um paciente com disposofobia compreendem:

- Acumulação excessiva de objetos que para outras pessoas não apresentam valor, como lixo eletrônico, catálogos e jornais velhos, roupas que um dia poderão ser usadas, objetos estragados (como comida) e até mesmo lixo e fezes.

- Inutilização de partes da casa. Camas, cozinha ou banheiros podem estar inacessíveis devido ao grande acumulo de objetos.

- Sofrimento causado pela desordem, fazendo com que os pacientes com este transtorno não recebam visitas em casa ou que mantenham a mesma sempre trancada para que ninguém veja a bagunça existente em seu interior. Por outro lado, indivíduos com disposofobia não se importam em viver em locais extremamente desorganizados e congestionados, pois consideram que o importante é guardar tudo o que julgam ser necessário. Deste modo, a possibilidade de se desfazer de tudo o que foi acumulado gera grande sofrimento.

Além dos problemas citados anteriormente, a acumulação compulsiva pode levar a doenças respiratórias, incêndio, infestação de pragas, dentre outros, podendo colocar a vida dos moradores em risco.
TRATAMENTO


O tratamento desta psicopatologia deve ser feito com um profissional especializado. Alguns pacientes respondem bem a intervenções psicofarmacológicas com antidepressivos. Além disso, também existe a opção de intervenções terapêuticas, como a terapia cognitivo-comportamental, que visa:

-Descobrir o fator desencadeante da acumulação compulsiva;
-Fazer com que o paciente aprenda a organizar suas posses e decidir o que deve ser descartado;
-Desenvolver a habilidade de tomadas de decisão;
-Desenvolver a habilidade de relaxar;
-Participar de terapia de grupo;
-Aceitar receber visitas periódicas em sua casa de um especialista para a manutenção de um estilo de vida saudável.