Sentir raiva é bom ou ruim?
Publicado por: Ana Paula Meda e Fabiana F. C. Brando em 18/4/2012
Categoria: Psicologia
Culturalmente aprendemos que sentir raiva é algo negativo, que é feio e que nos faz mal. Mas cabe questionar, será que este sentimento tem algum lado positivo? Convidamos você a olhar para o sentimento de raiva por outro prisma: como potencial de defesa e ação.

O sentimento de raiva está frequentemente relacionado à sensação de frustração, que costuma aparecer quando não temos controle sobre algo que queremos. Pode acontecer no trabalho, quando seu chefe não lhe dá as férias no mês planejado, por exemplo, ou com o namorado, quando vocês tinham planejado um cinema e ele liga dizendo que ainda não saiu do trabalho, entre muitas outras situações. A raiva, assim como tantos outros sentimentos, não pode ser evitada ou controlada, pois faz parte de nossa natureza emocional. Porém, a forma como a expressamos é que pode fazer dela benéfica ou prejudicial a nós mesmos ou às relações.

Desde muito pequenos somos ensinados a reprimir a expressão deste sentimento. Ver crianças sendo agressivas ou chorando, por sentir raiva, gera nos adultos certa angústia ou vergonha. Muitos de nós nos tornamos adultos pouco preparados para lidar com a frustração, reivindicando pouco nossos direitos ou não nos defendendo de situações perigosas. Uma criança passiva pode não reagir quando necessário e tornar-se um adulto passivo.

Além da passividade, a raiva reprimida também pode ser transferida para o corpo, os sintomas mais comuns são as dores de cabeça e dores no estômago. Essa somatização acontece porque o corpo precisa dar conta dessa energia reprimida de alguma forma.

Portanto, se encararmos a raiva como um potencial de defesa e ação, nos damos conta de que reprimí-la pode não ser a melhor opção. Ainda assim, fica a dúvida: o que fazer, então?

No caso das crianças, brigar só alimentará esta raiva. O mais apropriado é acolher o sentimento, mostrando que sentir raiva quando não conseguimos algo que queremos é normal. Mostrar para a criança que você também passa por situações parecidas traz proximidade e auxilia na aceitação do sentimento.
É importante deixar claro que permitir a expressão do sentimento de raiva não significa evitar que seu filho a sinta, cedendo às suas vontades, pois isso pode não prepará-lo para a vida no futuro, gerando outros problemas de limites e frustrações mais a frente. O que defendemos é ajudá-lo a encontrar alternativas para lidar com esse sentimento. Já que a criança não pode bater no papai e na mamãe, no irmão ou no amiguinho, bater na almofada, no joão-bobo ou gritar bem alto dentro do seu quarto são alternativas possíveis, mas vocês encontrarão a melhor forma juntos.

Conforme amadurecemos vamos adquirindo melhor previsão das conseqüências de nossas atitudes e, portanto, podemos nos dar conta dos benefícios e prejuízos de brigar com o chefe, por exemplo. No entanto, estamos mais conscientes do que sentimos e precisamos expressar esse sentimento. Mas de que forma?

Percebemos em nossa experiência que alguns adultos têm formas bastante cristalizadas e prejudiciais de lidar com as dificuldades e frustrações que se apresentam em suas vidas. Nesses casos a busca por autoconhecimento, através da psicoterapia, pode ajudá-los a encontrar a forma mais saudável para si.
Outros não apresentam maiores prejuízos para suas relações afetivas, sociais e profissionais, vivendo dificuldades bastante pontuais. Nesses casos, a procura por algum exercício físico pode ser uma ótima solução: caminhadas, corridas, natação, dança, aero boxe, yoga, entre outros. É possível também recorrer aos recursos das crianças, gritar e bater na almofada pode aliviar bastante a raiva de qualquer um. Encontre a alternativa que mais se identifica com você!


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