Como identificar o autismo e qual o tratamento?
Publicado por: Andrea Passos em 15/2/2012
Categoria: Psicologia
 
O autismo é um transtorno do desenvolvimento. Os sintomas variam muito e, por isso, é considerado como um espectro de transtornos. A síndrome atinge, principalmente, pessoas do sexo masculino, surgindo, muitas vezes, antes dos três anos.

Os primeiros trabalhos publicados sobre esse transtorno, na tentativa de explicá-lo teoricamente, foram feitos por Leo Kaner e Hans Asperger. Desde então, o autismo vem sendo alvo de interesse para estudos por diversas áreas (psiquiatria infantil, psicologia clínica, psicanálise e psicopedagogia). Várias abordagens vêm sendo colocadas, modificando e acrescentando a visão sobre esse transtorno. E as famílias buscam esclarecimentos sobre o assunto e de como aliviar e tratar essa síndrome que causa sofrimento para o indivíduo afetado e sua própria família.

O DSM-IV (1995) coloca o transtorno do autismo no quadro dos “Transtornos Invasivos do Desenvolvimento” (TID). E, de acordo com a classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento (CID -10 –OMS – 1993), os indivíduos afetados por TID são caracterizados como “anormalidades qualitativas nas interações sociais recíprocas e em padrões de comunicação e apresentam um repertório de interesses e atividades restrito, esteriotipado e repetitivo”. Nos grupos do TID, encontramos o autismo infantil, autismo atípico, Síndrome de Rett, outros transtornos desintegrativos da infância, transtornos de hiperatividade associado ao retardo mental e movimentos esteriotipados, Síndrome de Asperger e outros TID.

As deficiências dessa síndrome surgem na socialização, comunicação e imaginação, podendo ou não apresentar retardo mental. Alguns sinais / sintomas que aparecem nessa síndrome são: ausência de reciprocidade social ou emocional (preferência em isolar-se); hiperatividade ou extrema inatividade; recusa de contato físico (carinho); atraso ou ausência total da linguagem oral (sem a tentativa de comunicar-se de outra forma, através de gestos ou mímicas); ecolalia (repete palavras ou frases no lugar de comunicar-se); parece estar surdo; dificuldade em expressar suas necessidades; obsessão por um ou mais padrões esteriotipados (dificuldades de abandonar “rituais” cotidianos); hábitos motores esteriotipados e repetitivos (agitação ou torção das mãos, movimentos corporais); pouco ou nenhum contato visual (não olha para o outro ou simplesmente causa a impressão de estar “atravessando o outro” com o seu olhar); obsessão por partes de objetos (pode ficar horas fixamente concentrado numa roda de carrinho ou uma peça de um jogo) etc.

Como já foram mencionados acima, os sintomas variam muito e o indivíduo deverá passar por um profissional (psiquiatra / psicólogo infantil) para ser diagnosticado positivamente ou negativamente a respeito dessa síndrome.

A família, que lida com o autista, vivencia momentos de grande estresse em busca do tratamento e convivência com o mesmo, na tentativa de entendê-lo e direcioná-lo em suas atividades cotidianas, tanto no âmbito social como familiar. Por conta disso, muitas vezes, as famílias acabam apresentando um quadro sintomático como: insônia, depressão, angústia, pânico etc. São, na verdade, efeitos psicológicos por conta das “exigências” e demandas dos cuidados com esse filho autista.

Logo, é recomendado que a família também tenha um acompanhamento psicológico, objetivando um alicerce emocional para essa nova realidade que surgiu em suas vidas.

O autista deve ser tratado e, dependendo do grau de comprometimento, conseguirá desenvolver suas habilidades, mesmo que se tenha uma deficiência nas áreas características da síndrome (interação social, comunicação...), levando-o a “aprender” a se comportar socialmente, convivendo satisfatoriamente, adquirindo conhecimentos e tornando-se um ser mais feliz.


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Comentários (7)

A falta de esclarecimentos pode trazer mais angustia no lidar com a pessoa autista. Este artigo consegue em poucas palavras dirimir duvidas e acenar para a importancia da ajuda profissional de psicologia, tanto para o sujeito que sofre com essa sindrome quanto para a sua familia. Parabens pela iniciativa deste site em trazer informaçoes da saúde de forma objetiva.
Nome: Luís Manuel Gonçalves Braz
Data: 20/3/2012
Obrigada a todos que comentaram. É gratificante perceber que, de alguma forma,pude ajudar a esclarecer alguns pontos sobre o autismo.
Nome: Andrea Passos
Data: 23/2/2012
Gostei muito do artigo, de maneira bastante clara vc esclarece muitas duvidas e auxilia muitos pais a buscar caminhos para enfrentar esse problema.Jane
Nome: jane cravo
Data: 22/2/2012
Muito interessante a materia sobre autismo. Alem de esclarecer mtas duvidas, oferece uma diretriz para os seus familiares. - Rosana
Nome: rosana zeitune
Data: 15/2/2012
Gostei muito do artigo. Bem resumido e com bastante informação. Esclarece sobre o transtorno auxiliando profissionais da área da saúde e professores.
Nome: Renata Gomes Oliveira
Data: 15/2/2012
Muito interessante a materia sobre autismo. Além de esclarecer algumas dúvidas, apresenta uma diretriz para os familiares que enfrentam este problema no seu cotidiano. - Rosana
Nome: rosana zeitune
Data: 15/2/2012
Gostei muito do artigo!!!!! meus parabéns.
Nome: Regina fernandes Firmino
Data: 15/2/2012

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