Rinite alérgica é mais comum nas grandes cidades
Publicado por: Carlos Muylaert Torrico em 12/2/2013
Categoria: Alergologia/Imunologia
Conteúdo Saúde: O que é a Rinite Alérgica?

Carlos Torrico: É uma doença inflamatória da mucosa nasal mediada por anticorpos IgE, induzida após exposição a alérgenos. Os alérgenos são substâncias capazes de produzir reações alérgicas em um indivíduo.
Conteúdo Saúde: Quais são os sintomas?
Carlos Torrico: Os sintomas são coriza, espirros, coceira e entupimento nasal. Está associada freqüentemente a sintomas oculares como lacrimejamento, coceira e vermelhidão ocular. Como a mucosa nasal é contínua a mucosa dos seios paranasais, a inflamação nasal pode causar inflamação destes seios, gerando uma rinossinusite. A associação com asma (tosse, falta de ar, cansaço, aperto e chiado no peito) e dermatite atópica (coceira, pele seca, crostas) também é comum.
Conteúdo Saúde: Quais são as Causas da Rinite Alérgica?
Carlos Torrico: A rinite alérgica é uma doença multifatorial com interações entre genes (predisposição familiar) e meio ambiente. Os alérgenos inalantes (aeroalérgenos) intra e extradomiciliares podem causar a rinite alérgica em indivíduos susceptíveis. Os principais aeroalérgenos extradomiciliares são os polens e os fungos. Os principais aeroalérgenos intradomiciliares são: ácaros, epitélios de animais, insetos e fungos. Os alérgenos alimentares são causas raras de rinite isolada. Os sintomas de rinite podem ser desencadeados por irritantes como fumaça de cigarro e de queima de combustíveis, assim como por odores fortes (perfumes, cloro, tinta).
Conteúdo Saúde: Por que a Rinite Alérgica é mais comum nas grandes cidades?
Carlos Torrico: Acredita-se que é devido ao estilo de vida em ambientes mais poluídos, o convívio diário em ambientes fechados pouco arejados e pouco ensolarados, o estresse, a alimentação artificial, o sedentarismo, entre outros.
Conteúdo Saúde: Quais são os tipos?
Carlos Torrico: A classificação da rinite alérgica, segundo o ARIA (Allergic Rhinitis and its Impact on Asthma) é baseada em duas características: freqüência e gravidade dos sintomas. Com relação à freqüência pode ser intermitente (sintomas por menos de 4 dias na semana ou por menos de 4 semanas consecutivas) ou persistente( sintomas por mais de 4 dias na semana ou por mais de 4 semanas consecutivas). Com relação à intensidade pode ser leve (não apresenta distúrbios do sono, prejuízo das atividades diárias, prejuízo do lazer e/ou esportes, prejuízo no trabalho ou escola, sintomas não perturbadores) ou moderado/ severa (apresenta distúrbios do sono, prejuízo das atividades diárias, prejuízo do lazer e/ou esportes, prejuízo no trabalho ou escola, sintomas perturbadores). Assim, nessa classificação, existem quatro tipos de rinite alérgica: intermitente leve, intermitente moderado-severa, persistente leve e persistente moderado-severa.
Conteúdo Saúde: A predisposição familiar contribui para a ocorrência da Rinite Alérgica?
Carlos Torrico: Sim. A história familiar esta freqüentemente presente nos pacientes com rinite alérgica. Porém, é necessária a exposição ao aeroalérgeno, a sensibilização e a apresentação de sintomatologia. Um mesmo paciente pode apresentar sintomas alérgicos em diferentes localizações: nariz (rinite), olhos (conjuntivite), pulmão (asma), pele (dermatite atópica, urticária). Os familiares também costumam apresentar várias localizações.
Conteúdo Saúde: A Rinite Alérgica tem cura?
Carlos Torrico: Não. Ela tem controle. Existe uma inflamação mínima persistente. O paciente apresentará os sintomas característicos a partir de uma determinada intensidade de inflamação. Mesmo que não apresente sintomas, o paciente rinítico manterá a inflamação nasal.
Conteúdo Saúde: Quais os tipos de tratamento?
Carlos Torrico: Na alergologia o tratamento da rinite alérgica é baseado em quatro pontos: no controle ambiental, no tratamento farmacológico, na imunoterapia hipossensibilizante e na educação do paciente. O controle ambiental é baseado na redução da exposição aos aeroalérgenos e irritantes. Uma vez que existe uma inflamação mínima persistente, quanto menor for o contato com estes desencadeantes, menor será a inflamação e, por conseguinte, menor a intensidade dos sintomas. O tratamento farmacológico deve ser individualizado de acordo com a gravidade dos sintomas, experiência do especialista, adequação do paciente e minimização dos efeitos colaterais. A função da imunoterapia é a de criar uma tolerância gradativa e crescente aos aeroalérgenos a que o paciente com rinite alérgica está sensibilizado. Assim, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a imunoterapia deve ser específica para cada paciente e deverá ser realizada durante um período de 3 a 5 anos. A educação do paciente se baseia em orientá-lo sobre todos os pontos do tratamento, inclusive explicando a forma correta de utilizar as medicações e esclarecer continuamente as suas dúvidas. Pacientes gestantes, lactantes e nos extremos das idades (bebês e idosos) devem ter tratamento individualizado e diferenciado. Assim, não existem restrições quanto à idade para se iniciar o tratamento.
Carlos Torrico CRM nº5260896-7


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