Entenda sobre os métodos de Musculação
Publicado por: Fabricio Miranda em 5/8/2012
Categoria: Personal Trainers
Fabrício Miranda: O uso de métodos de musculação têm sido amplamente utilizado em programas de treinamento que objetivem os ganhos sobre a força e hipertrofia muscular. Porém, faltam evidências que verifiquem realmente o seu efeito sobre possíveis adaptações relacionadas ao seu uso. Como exemplo, o método da pré exaustão. Este utiliza um exercício mono articular realizado prioritariamente ao exercício bi articular para o mesmo grupo muscular. Sugere-se que a pré fadiga gerada pelo exercício mono articular aumentaria a ativação do músculo no exercício bi articular e também pela ajuda dos músculos acessórios descansados, um maior trabalho ao músculo alvo pré fadigado. No entanto, alguns estudos não verificaram o aumento da ativação do músculo quando comparado ao exercício isolado, além da diminuição do trabalho muscular no exercício bi articular com a aplicação deste método. Não há indícios que este método possa apresentar realmente os benefícios a ele relacionados, havendo a necessidade de rever sua aplicação quando o objetivo for aumento de força e hipertrofia. A hipertrofia é um processo multifatorial que é desencadeado pela ação de mecano receptores no músculo esquelético, os quais são sensíveis a tensão (carga) transformando estímulo mecânico (contração) em estímulo hormonal, desencadeando uma cascata de sinalizações culminando em síntese protéica no músculo esquelético. A carga mobilizada e o trabalho mecânico ideal talvez hoje se apresentem de forma mais clara na literatura científica, com o consenso de cargas em torno de 70 a 90% de uma repetição máxima (1RM) realizadas em falha muscular concêntrica em séries múltipas em torno de 8 a 12 repetições.
Porém, sugere-se que a continuidade das adaptações dependerá de uma estruturação coerente e coordenada da manipulação das variáveis do treinamento, sendo elas: intervalo entre séries, número de séries e repetições, amplitude movimento, ordem dos exercícios, falha muscular e não simplesmente da utilização de um método que envolva uma ou mais variáveis sem qualquer fundamentação.

Referências

1. Fleck S J and Kraemer W J. Designing Resistance Training Programs (2nded.). Champaign, IL: Human Kinetics, 1997.
2. Augustsson J, Thomee R, Hornstedt P, Lindblom J, Karlsson J, Grimby G. Effect of preexaustion on lower extremity muscle activation during a leg press. J Strength Cond Res:17, 411-416, 2003.
3. Brennecke A, Guimarães T M, Leone R, Cadarci M, Mochizuki L, Simão R, Amadio A C, Serrão J C. Neuromuscular activity during bench press exercise performed with and without the preexhaustion method. J Strength Cond Re:23; 1933-1940, 2009.
4. Coffey V G and Hawley J A. The molecular bases of training adaptation. Sports Med:37, 737-763, 2007.
5. American College of Sports in Medicine. Progression models in resistance training for healthy adults. 689- 708, 2009.
FABRÍCIO MIRANDA É PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA COLUNISTA
CONVIDADO.
(CREF Nº 3207/G)


Sobre o Autor

Enviar Comentários

Para enviar comentários, é necessário estar logado.

   

Artigos Destacados
Últimas Notícias
 
Destaque Profissional
 
 
Profissionais por Especialidades
 
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
RPG
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Profissionais por Bairros
 
Barra da Tijuca
Copacabana
Jacarepaguá
Leme
Recreio
Vargem Grande
Zona Sul
Artigos sobre Especialidades
 
Pesquisa
 
Termos