Como a fonoaudiologia pode ser benéfica para quem sofre com disfagia?
Publicado por: Suely Nascimento em 6/4/2013
Categoria: Fonoaudiologia
 
A disfagia não é uma doença, mais sim um sintoma de uma patologia de base que pode acometer uma ou mais fases da deglutição, podendo ser neurogênica, mecânica, decorrente da idade, psicogênica e/ou induzida por drogas. Ela é descrita como uma desordem da deglutição que interfere no transporte do bolo alimentar da boca ao estômago.
O ato de engolir, a que denominamos de deglutição, que parece ser tão fácil e simples, é, na verdade, uma atividade neuromuscular complexa que envolve muitas estruturas numa seqüência altamente coordenada, cujo resultado é a propulsão do alimento da cavidade oral para o estômago.
A deglutição pode ser prejudicada devido a processos mecânicos que dificultam a passagem do bolo, falta de secreção salivar, fraqueza das estruturas musculares responsáveis pela propulsão do bolo ou disfunção da rede neuronal que coordena e controla a deglutição. A disfagia pode ser orofaríngea ou alta, quando existem alterações e mudanças na fase oral ou faríngea da deglutição, ou pode ser baixa ou esofageana, quando existem alterações e mudanças na fase esofageana da deglutição.
O fonoaudiólogo além de outros profissionais que atuam com os pacientes disfágicos desempenham um papel fundamental no processo terapêutico, e, é o profissional habilitado e responsável por avaliar, definir e /ou alterar as condutas terapêuticas na disfagia, podendo proporcionar a eles uma melhor qualidade de vida.
O propósito da atuação fonoaudiológica em disfagia é de proporcionar ao paciente o retorno a uma deglutição eficiente desde que os procedimentos garantam ingestão oral segura, manutenção da condição nutricional e estabilização de comprometimentos pulmonares evitando complicações causadas pela disfagia.
A Fonoaudiologia busca ampliar as perspectivas prognósticas, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes, diagnosticando e tratando as desordens da deglutição do paciente. O processo terapêutico é único para cada paciente e deve apoiar-se na avaliação individual.
Fica enfatizado a importância da participação de fonoaudiólogos que se dedicam, através de terapias específicas, na recuperação dos pacientes disfágicos, principalmente os de causa neuro-muscular, uma vez que é de fundamental importância, nestes casos, a avaliação e orientação fonoaudiológica.


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