Ronco: Mais que um incomodo, um problema de saúde
Publicado por: Alexandre Bié em 29/1/2013
Categoria: Otorrinolaringologista
 
O ronco é uma queixa que se torna cada dia mais comum em nossos consultórios.
Existem diversos tipos e diversos graus do problema denominado "ronco", e o ronco pode ser considerado apenas como um "problema social" (quando ele não provoca repercussões na saúde do roncador, mas incomoda quem dorme ao seu lado) ou como objetivamente um problema de saúde, principalmente quando o mesmo está associado ao que chamamos de Síndrome da Apnéia / Hipopnéia do Sono.

Sabemos que um roncador com apnéia do sono tem possibilidade de desenvolver alterações comportamentais como irritabilidade, sonolência e cansaço diurno, assim como uma série de doenças mais importantes como hipertensão, alterações metabólicas, cardiovasculares, neurológicas e impotência.

Sendo assim, devido a todas essas possíveis repercussões, obviamente é importante buscarmos a causa base do problema para agirmos de maneira objetiva e eficaz.
Dependendo de cada tipo de problema, existem basicamente três tipos de tratamento para o ronco. Em casos menos extensos, podem ser tentadas as chamadas medidas conservadoras.
Devemos orientar aos roncadores nesse estágio que evitem comer em grande quantidade antes de dormir, evitar ingestão de bebidas alcoólicas antes de dormir, evitar dormir de barriga para cima (apesar do ronco poder ocorrer em qualquer posição), estimular a prática de exercícios físicos para melhorar a capacidade aeróbica do paciente. Podem ser tentadas a utilização de determinados aparelhos intra-orais, que promovem benefícios em relação à oclusão da arcada ou a evitar a queda da base de língua, alterações estas que propiciam ronco. Pode ser tentada a utilização de pequenos aparelhos durante o sono conhecidos como dilatadores da asa do nariz, que ampliam a passagem de ar pela via nasal.

Estimular a umidificação oral durante a noite, pois o ressecamento da cavidade oral e faringe também podem propiciar o ronco. Em caso de pacientes obesos, a perda de peso é importantíssima, visto que o excesso de peso também é fator significativo para predispor roncos. Todas estas são medidas básicas, conservadoras e pouco invasivas para melhorar o ronco.

Em casos mais extensos, associados a problemas mais sérios de apnéia, dependendo do diagnóstico do fator etiológico, as pessoas com ronco podem ser submetidas a medidas mais extensas ou invasivas, com utilização de aparelhos denominados CPAPS ou cirurgias, entre elas cirurgias de palato e úvula, parede lateral de faringe, correção de arcada, mandíbula ou mento, cirurgias desobstrutivas nasais como septoplastias ou turbinectomias.

Com a tecnologia e o conhecimento atual, podemos dizer que os tratamentos de ronco são em sua maioria bastante eficazes, e sugerimos que as pessoas roncadoras busquem atendimento médico especializado para orientações.


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