A catarata congênita é caracterizada por opacidades (áreas turvas) no cristalino do olho, as quais estão presentes desde o nascimento. Ela pode ser causada por anomalias cromossômicas, infecções (p.ex., rubéola) ou alguma outra doença apresentada pela mãe durante a gravidez. Neste caso o bebê nasce com o cristalino opacificado ou quase totalmente opacificado. Quando abrimos os seus olhos notamos que as pupilas estão brancas.
Sintomas
As bilaterais, quando totais, se não operadas até 3 meses de vida, em geral acarretam nistagmo e ambliopia. As monoculares, além da ambliopia, favorecem o aparecimento do déficit fusional e do estrabismo entre 6 meses e 2 anos de idade.
O bebê enxerga desde o nascimento, mas tem uma visão de vultos. Com cerca de seis semanas ele já sorri ao ver o rosto de um adulto e com dois meses ele já é capaz de fixar e seguir objetos com o olhar. A maior parte do processo de desenvolvimento do sistema visual vai ocorrer durante o primeiro ano de vida, mas apenas por volta dos quatro anos de idade a visão para longe será semelhante a de um adulto.
Tratamento
As cataratas polares, pequenas e pontuais, mesmo centrais, poderão ser tratadas durante certo tempo com dilatação pupilar entre outras condutas clínicas, obtendo-se o desenvolvimento da acuidade visual, até a ocasião apropriada para a indicação cirúrgica.